Fosse cravo
Esse travo na boca
Amarga língua,
Raspando garganta,
Gosto de planta
Que se engole
E morre,
Sem sol,
Nem fotossíntese...
Digerir em mim essa tese,
Engolir o cravo
Apenas pra não sentir
Travar os dentes...
Tantos foram os cuidados
Como quem na boca
Uma hóstia carregava,
Veneração,
Amor, respeito
Hoje levo no peito,
Na graça, na raça,
Confesso, um tanto sem jeito
Despojada dos efeitos,
Em anunciada morte
Descansa um quê de deleito


 
TACIANA VALENÇA
Enviado por TACIANA VALENÇA em 19/07/2017
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