Qual é a Sua Opção Diretor?
Nós, Seres Humanos, somos tripolares, integrados pela nossa Natureza, e pela nossa consciência do Bem e do Mal. No tocante à nossa Natureza, os apelos são transmitidos pelos nossos apetites naturais, como de satisfazer a fome, a sede, o desejo sexual, assim como a vontade de possuir coisas, objetos, utensílios, propriedades em geral, que satisfaçam nossas necessidades ou apenas nossos caprichos pessoais. Os outros dois componentes da nossa tripolaridade, como indicam os seus nomes, contêm os apelos que nos direcionam para a adoção da boa ou da má conduta, diante de todas as nossas circunstâncias, que se nos oferecem em todos os momentos da vida.
A nossa Natureza se movimenta acionada pela nossa racionalidade, que direciona a capacidade de analisarmos o contexto que nos envolve em todos os momentos, orientando um tipo determinado de comportamento, compatível com as exigências e ou necessidades provocadas por esse mesmo contexto. Ao lado dessa capacidade racional, exclusiva dos Seres Humanos, temos os componentes emocionais, que podemos resumir, de um lado, os positivos, na compaixão, na solidariedade, na fraternidade e no amor, que são os atributos do Bem, de outro lado, os negativos, na cobiça, na inveja, e no orgulho, que são os atributos da Natureza, incluindo-se o ódio, um atributo do Mal, os quais desenvolvem profundas influências nas inclinações humanas, provocando a associação ou repulsão entre os três polos, que lutam entre si, para obter a preferência da racionalidade, ou do Diretor. Essa associação, poderá ocorrer entre a Natureza e o Bem, ou entre a Natureza e o Mal. Nunca, evidentemente, entre o Bem e o Mal, que são absolutamente excludentes entre si. Então, podemos observar que a Natureza não predomina isoladamente, mas ela é o fator determinante para consolidar a supremacia das nossas preferências, nas suas constantes coligações, ora com o Bem, ora com o Mal.
Como uma metáfora, podemos considerar-nos uma Hospedaria, onde o Diretor chama-se Racionalidade, cuja Hospedaria é ocupada pelos três Hóspedes: a Natureza, o Bem e o Mal, cada um deles preenchendo um espaço de 33.3% da Hospedaria. Como ponto de partida, os três Hóspedes largam juntos, na mesma linha, na corrida para ganhar a preferência e o apoio do Diretor, (a Razão), para então assumir a Gerência Executiva da Hospedaria. A partir da adolescência do Diretor da Hospedaria, a terceira etapa da sua fase crescente, ele é “expulso do paraíso” da infância e pré-adolescência, e passa a se responsabilizar pelas escolhas, que fará durante toda a sua existência.
Com efeito, daí em diante tem início os conflitos de interesses, e passam a ocorrer as inúmeras batalhas no átrio principal da hospedaria: a Mente. O Bem à direita, o Mal à esquerda, e no centro, a Natureza sendo disputada pelos outros dois, que fazem uso dos seus respectivos componentes emocionais, para formar uma “coligação”, ganhar o apoio do Diretor, e assumir a Gerência Executiva da Hospedaria. Nessas batalhas, a afinidade entre a Natureza e o Mal, é maior do que entre a Natureza e o Bem, e juntando-se a Natureza e o Mal, eles passam a ocupar 66,6% do espaço da Hospedaria, cujo número é o mesmo mencionado em Apocalipse 13:18. Teremos então, as duas “bestas” irmanadas, na luta contra o solitário Bem.
A maior afinidade entre a Natureza e o Mal, decorre do fato de que a Natureza, onde se encontram todos os vínculos da subsistência material do Diretor da Hospedaria, é afetada profundamente pelos quatro poderosos atributos: a cobiça, a inveja, o orgulho e o ódio, que exacerbados, isolada ou conjuntamente, aproximam esses dois hóspedes, levando-os a uma poderosa união, que acaba envolvendo e seduzindo o Diretor, influindo decisivamente na sua opção para a escolha do Gerente Executivo da Hospedaria. O Diretor pode escapar dessa poderosa sedução, desde que alcance uma resistente evolução espiritual, frontalmente contrária à Natureza e ao Mal.
O Bem, por sua vez, tem maior dificuldade de ganhar o apoio da Natureza, pois ele oferece, além da agradável sensação de bem estar e paz interior, apenas uma subjetiva e improvável expectativa de uma plenitude transcendente, que extrapola os limites da existência, impossível de ser exibida objetivamente, dependente apenas da fé. Além disso, ele exige a renúncia do Diretor a inúmeras “guloseimas” que encantam e o atraem poderosamente. Por isso, esta é a porta estreita e o caminho apertado.
Além dessa intensa batalha que ocorre, por si só e sem interrupção, na Mente humana, que é também a “sala de reuniões” do Conselho Administrativo da Hospedaria, temos ainda a influência dos fatores externos, produtos da conjugação de interesses, movidos pela atuação desses mesmos Hóspedes, no conjunto com outras Hospedarias, que se relacionam entre si, numa imensidão de interesses dentro do contexto geral.
Os fatores externos, por sua vez, são instituídos e administrados, pela mais poderosa Organização Mundial, que se chama Sistema, que se encontra infiltrado, às vezes de forma ostensiva, mas quase sempre subliminarmente em todas as circunstâncias que envolvem as atividades dos Diretores das Hospedarias. O Sistema é tão poderoso, que consegue criar, simultaneamente, as necessidades e as facilidades para atendê-las, e também todas as dificuldades, para que o Diretor não acesse os componentes emocionais do Bem, que são sempre contrários aos seus interesses.
Todos os integrantes desse contexto se desenvolvem evolutivamente, todos focados atentamente, à própria evolução de todas as circunstâncias que os envolvem, mas o mais desatento deles todos é o Diretor da Hospedaria, o mais lento em perceber as sutilezas, os ardis e os sofismas, que permeiam as manobras da Natureza, do Mal e do Sistema.
Numa pesquisa do “IUPI - Instituto Universal das Percepções Integradas”, o resultado mostrou que 33,3% das Hospedarias do Planeta, através dos seus Diretores, entregaram a Gerência Executiva ao Bem, e 66,6% a entregaram a coligação Natureza/Mal. Na avaliação e justificação dos resultados, o “IUPI” exibiu, em inúmeras estatísticas e exposições de fatos, a precária situação em que se encontra o Planeta, com um histórico muito ruim do seu passado, agravado nos tempos atuais, pela devastação do meio ambiente, pela afronta às leis naturais, pela falência da ética e da moral, sobretudo por uma ampla miséria espiritual.
Compete aos Diretores, individualmente, examinar minuciosamente a sua Hospedaria, para se certificar sobre qual dos três hospedes está na Gerência Executiva, cabendo-lhes à vista do resultado do exame, mantê-lo ou não na Gerência Executiva. Todavia, esses hóspedes são como os funcionários públicos, não podem ser demitidos, pois o “emprego” é vitalício, mas não no cargo de Gerente Executivo da Hospedaria. Alguns Diretores são radicais; colocam o Mal numa cela incomunicável, selecionam os apelos da Natureza, nomeiam o Bem como Gerente Executivo e lhe dão “carta branca” para administrar a Hospedaria. A hora é agora, mãos â obra Senhores Diretores! Chamem os três hóspedes para reunião, e façam as suas escolhas! Contudo, sejam quais forem as suas escolhas, o resultado final será sempre 33,3 contra 66,6. Importa saber de que lado realmente Você está. Você sabe Diretor?