Poder Moderador

Na sua concepção original, o Poder Moderador estava acima dos três outros poderes.

Nós poderíamos e deveríamos ter atualmente uma nova força que atuasse permanentemente avaliando e contribuindo para as ações dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Seria um poder paralelo na condução dos nossos destinos.

Esse novo Poder Moderador seria representado pelos intelectuais que, pessoalmente ou através dos meios de comunicação levassem uma visão imparcial, sem conotações ideológicas ou interesses pessoais até a população para que ela pudesse ter análise real da situação do país.

As empresas de televisão brasileiras concentram seus esforços na transmissão do que de pior pode existir em termos de “entretenimento”. Como concessionárias que são, seria lógico de se esperar que nos contratos firmados com o Estado, houvesse uma cláusula na qual ficaria claro que seu principal objetivo seria a EDUCAÇÃO da população. Para nós não importa que esse setor seja muito ou pouco rentável para as empresas, o que importa é que ele nos seja útil. Se chegasse ao ponto do setor ser considerado não interessante para a iniciativa privada, o Estado poderia facilmente assumir seu controle, porque ele é a maior e mais eficiente escola pública que um país pode ter, sendo assim não estaríamos gastando recursos públicos com uma atividade inútil. Então ele seria o canal ideal para ação do novo Poder Moderador.

Contudo o que temos em termos de televisão? Um lixo cultural.

Onde estão nossos intelectuais? Alguns estão nos programas de TV mostrando o quanto são “chiques” ou fazendo palestras para platéias restritas que ficam rindo de suas piadas “inteligentes”, outros assumiram a vocação de cabos eleitorais, outros estão preocupados em mostrar o quanto é importante ser gay, lésbica ou pertencer a um dos inúmeros “sexos” atualmente existentes ou ainda estão em algum barzinho da moda falando de futilidades.

Como esse sistema já está lacrado há muito tempo em favor de interesses escusos e contra a população, dificilmente vai mudar nas próximas décadas, então este texto é apenas mais uma divagação.

Argonio de Alexandria
Enviado por Argonio de Alexandria em 12/07/2017
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