O observador é o observado

É a desconfiança, é a pulga atrás da orelha, o pensamento inseguro, sem freio, que nos faz ver coisas onde não existam, que nos tira a paz, a harmonia... Eu que o diga! Eu e minha consciência moral! É a ilusão de ótica das certezas dos sentimentos, pois o sentimento é a resposta do pensamento. É o medo de ser passado para trás, é a insegurança que não deixa o essencial se mostrar. É a voz dizendo na sua cabeça: você está certo, você está errado, faça isso, faça aquilo... O grande juiz interno!

Pensar é estar cego dos olhos!

Como a insegurança da morte, onde o medo, o pânico, nos cega a beleza da vida.

O que pensamos diz mais de nós do que sobre aquilo que é pensado...

"Penso": condição. "Eu": predicado. A ilusão é acreditarmos que nós somos a condição do predicado "penso". Nos enganamos na conta devido ao sujeito gramatical (eu, minha, meu), como se com a palavra "eu" déssemos entrada num sujeito, numa alma, e não apenas um pensamento. Acreditamos em tudo que passa pela consciência porque pensamos ser nós pensando...

Fiódor
Enviado por Fiódor em 06/07/2017
Código do texto: T6047645
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