MUROS
Sempre crio um mundo novo para mim... Mas, quase ninguém vê. São vastos mundos...
Às vezes distraído, me perguntam onde estou, e me vejo, lá, carregando mais uma palavra e a colocando sobre as outras. Ergo muros com toneladas delas... Quem leu encantou-se com eles.
Meus mundos... Neles cabem as riquezas que possuo, solto as ações reduzidas pelas emoções, vivem as intelectualidades das sensações... Sou senhor de todos eles...
Lá aconteço na expressão de tudo que não tenho...
Mas, hoje estou cansado...
Empilhei palavras desentendidas...
Quem olha só vê escombros do que, realmente, tive.