Frágil
O medo é uma forma de limitar nossas ações, principalmente as que podem causar grandes estragos. Nem sempre sabemos quando de fato vamos ser seriamente feridos caso não ouçamos nossa mente que diz repetidamente para desistirmos de certas ações.
Cada atitude nos coloca mais próximos do precipício quando a fragilidade é a maior detentora do que sentimos. Estar vulnerável no mundo moderno é quase que uma condição natural, romper com o que nos puxa cada vez mais pra baixo parece em alguns dias completamente impossível. O medo dita cada movimento, então se torna cada vez mais distante a chance de avançarmos para algum lugar menos melancólico, como se fossemos nada mais do que prisioneiros de nossas próprias mentes doentes.
Adoecemos e morremos um pouco mais a cada dia, o mundo contemporâneo traz a tragicidade logo pela manhã.
Porém, ao suprimirmos qualquer vínculo com o que nos torna frágeis e vulneráveis, transgredimos também nossos medos, e nada mais nos machuca. O estado de completa disjunção com a melancolia nos leva a outra realidade, em que nada nos toca.