Unhas e Dentes
''Quem sabe a vida não nos coloque na vida um do outro novamente''. Essas foram as ultimas palavras que eu li, antes que minha visão embaçasse e ficassem preto novamente. Eu havia acabado de acordar, e já colocava todo aquele carinho pra adormecer novamente, eu havia acabado de sair de casa e já estava entrando naquela pequena porta de um cubículo de emoções só meu. Ah... Doce lar!
A esmera casa de um escritor, é seu santuário. Senti o cheiro do mofo, o silêncio da mente, e a calmaria da rotina...
Que saudade!
Não deu dentro nem de brotar, e já havia morrido. Acho que realmente não sou bom em plantar, regar, pra colher.
Dessa vez, eu estava firme, frio, afinal havia amadurecido muito desde a ultima vez e talvez até desaprendido um pouco, mas tinha que acontecer, e pelo menos dessa vez eu sei que a culpa foi minha. Hoje eu aqui nesse cubículo me ponho a pensar novamente sobre a vida, eu preciso desesperadamente encontrar as razões nos atos, eu preciso exatifica-las, torna-las palpáveis e doces para ingeri-las. Logo imagino que a vida, realmente é uma filosofia cuja alguns não estão prontos para vive-las... Não vive-las atuando, mas escrevendo, descrevendo, sintetizando. A vida precisa de pensadores, ratificando os erros e seus substancias motivos para que os próximos errantes possam engoli-las com mais facilidade e se apoiarem em coisas concretas, porque pra mim errar é tão surreal.
Sua mão segurava firme a minha, enquanto com as unhas mexia no meu braço, o filme era bom, e eu não pensava em mais nada.
Firme: Me sinto mais capacitado, mais confiante, maduro, mais centrado, e tenho meu ideal definido, talvez seja isso que me deixou mais desligado das emoções primitivas e simples. OU indo além, acho que agora eu sei controla-las, uso quando posso e guardo quando quero. Mesmo assim estar com você foi diferente, e não acho palavras que posso explicar, eu finalizo dizendo o que li. Quem a vida vida(...)