Coisas Que já se vão bem longe.
Já faz tempo.
E como faz.Sentado na varando pitando o cigarro de palha.
E lembrando da mocidade.
Eita trem bom.
Moleque esperto, que nunca empacou no caminho.
Não podia ver um rabo de saia.
Que ficava indócil, igualzinho ao cavalo baio.
Corcoveava para todos os lados e chegava no final.
Ficava mansinho como que se um burro manco.
Eita tempo bom, se não pensarmos.
O danado não volta mais não.
E não e que, ao me relembrar.
Me vem a vontade de gritar.
Muié, traz o remédio, para eu não esquecer.
Que a hora avança, o dia se faz grande.
E eu aqui, sem nem saber.
Em fazer o que.
Mas que e bom é sô.
Prosear sem ninguém a nos escutar.
Parece inte que somos alguém.
Tracajá