Paz
Escavo tuneis, buracos, tocas
onde irei esconder-me de mim
Já não há complacência para meus ais
dedos me acusam sem piedade
dedos da consciência adormecida pelos ademais
procuro as cores de um arco-íris
mas os céus se fazem nebulosos
e tudo que vejo são matizes cinzas
Nebulozas são as vozes que escuto feito trovões
Minha carne treme e sinto calafrios
Oh Deus onde estás nestas horas que me desespero e te busco
Piedade, piedade, piedade!
Que se façam as luzes!
Que raie o sol!
Que trovões limpem meus céus!
Quero a Paz em um novo amanhecer
Quero ouvir sinos tilintando
Quero preces e muitas aves-marias entoando um novo dia
quero amores de outrora se não for possível os de agora
mas quero vida, quero risos
olhos cintilantes, auroras brilhantes
uma luz
um rumo
Um amor só pra mim, eu por mim, enfim
Caminhando lado a lado
Eu comigo, como foi prometido
Porque cada ser é único
E que meu eu me baste
porque busco a paixão
Consciente e subconsciente
mais que eloquente
sinceramente
me encontrar, consciente
Em paz!
A paz do EU.