Terceiro Passo
A busca incessante por reciprocidade é o grande marco do século em que vivemos. A reciprocidade é algo de grande valor e por esse motivo, de tamanha raridade. Estamos acostumados a fazer algo sempre pensando no que teremos em troca e dessa maneira as decepções vêm ,sem pedir licença. Criamos constantes expectativas e idealizações, as vezes, nos doamos e nada volta. Com isso criamos medos e armaduras (citadas no primeiro passo) e acabamos jurando para nós mesmos nunca mais nos entregarmos por inteiro, até porque sempre encontramos metades. E então, erramos, as pessoas falham conosco e construimos sentimentos repugnantes que só a vulnerabilidade ao perdão (citado no segundo passo) pode resolver. Precisamos entender que nem sempre as pessoas vão sentir do mesmo modo que sentimos, que nem sempre vão retribuir os sentimentos que são demonstrados. Porém, a sabedoria deve ser suprema, necessitamos estar bem conosco independente de qualquer coisa. Devemos ser sim vulneráveis ao amor e ao perdão, mas não à reciprocidade, ela não será encontrada em todos, ela é rara. Então não podemos nos prender a ela, mas ter a esperança de que um dia ela aparecerá de alguma forma.