Segundo Passo
Apoiar-se no erro de outrem para encontrar refúgio para o próprio erro, é negar a si mesmo o melhoramento da própria realidade. Estamos tão acostumados a camuflar nossas falhas e, consequentemente, fazendo com que as do outro pareça mais grave, que chegamos ao ponto de não enxergar os nossos próprios defeitos. As vezes o que te incomoda em alguém é característico seu também, mas é como se o espelho das nossas próprias vidas estivesse sempre embaçado e a nitidez da parte obscura de nós mesmos fosse equivalente a zero, dificultando cada vez mais detectarmos a necessidade de mudança nas atitudes e pensamentos. Não digo em mudar para agradar ao que nos cercam de maneira literal, mas, agradar a si mesmo, sobretudo, é essencial. A sensação de estar fazendo o que é certo, é indescritível. Como seres errantes, precisamos ser mais flexíveis diante os erros. Devemos, primordialmente, corrigi os nossos para que em seguida saibamos perdoar àqueles que, por ventura, falhem conosco dando-lhes forças para corrigir os próprios erros. Necessitamos limpar os espelhos de nossas vidas e deixar o foco sempre voltado para nós mesmos para que, de tal forma, sejamos vulneráveis ao perdão.