Caixinha vermelha
Ah, por vezes, adorava ter tudo, que me apetece ter…
Queria uma varinha de condão, e um pozinho de magia,
Rodava a varinha no ar, umas palavrinhas acompanhar
E abracadabra, todos os meus desejos tinham de aparecer…
Mas qual seria a graça, de tudo ter dessa maneira?
Provavelmente, ainda me tornaria numa doideira,
Não daria valor a nada, e nem seria verdadeira…
Não, não, eu não quero nada disso, quero tudo como está… Tenho tudo o que preciso…
Vivo num paraíso, tenho amor, paz, alegria e muito riso,
e sou muito, mas muito feliz assim... Não me esquecendo, de que todos os dias, no parapeito da minha janela do quarto, Deus, deixa-me presentes da vida
Numa caixinha vermelha, enfeitada com um laço vermelho de cetim…