Recolhido em Si
Maravilha era desejar o mundo sem freio, desejar cada estrela do céu, me aventurar em mim mesmo. Um mergulho nesse pobre miserável, me contenta em não está contente, mas feliz por desejar a mim mesmo, sem freios.
Escrever no meio do nada, quero a vida mais que tudo, mais que a mim mesmo.
Nesse mundo de inferno sonhar é um verdadeiro paraíso.
Que lembrança vingativa de um passado que foi estendido para fora das linhas horizontais.
A chuva pareceria chover de baixo para cima, dentro de casa me abrigava-me daquela tormenta tenebrosa.
No sofá me recolhia parecendo que a chuva caia sobre mim como chuvisco de gele atravessando o teto da casa. Então me recolhia ainda mais sobre o sofá e dormia, dormia naquele silencio temporal da tempestade chuvosa, na tarde fria de silencio silencioso.
Lá fora rodeava-se tremulo o ar frio circulando a casa fazendo as folhas e galhos baterem na janela como se fosse uma banda tocando um alto e tenebroso som e o vento cantara e assoviava-se.
Pensara: será que as nuvens estão ficando cada vez mais cinza lá fora? Que loucura! Quero ficar aqui deitado para sempre. O que tenho para fazer mesmo? Acho que já fiz tudo, posso ficar aqui recolhido adormecido dormindo em altos e eternos sonhos.