Vírgulas

Talvez já houvessem vários hinos com a mesma melodia que explicassem coisas diferentes nas nossas cabeças, um mesmo ritmo que se dançasse em velocidades opostas, as mesmas palavras para se descrever céu e inferno. O que vem na minha cabeça são frases que falam de corações, dois para ser mais exato, são canções intermináveis, desejos insaciáveis, tudo que seja negativo se torna tão repulsivo, meu asco se enoja com qualquer coisa que se faça presente entre esses corações, o meu e o dela, óbvio. Existem inúmeros pontos-de-vista dos quais poderia enxergar, em terras que poderia desbravar, conquistar, mas o pôr-do-sol visto aqui de cima já é atraente demais para eu deixar de vê-lo e, quando não se fizer presente, não esperá-lo. A gente ainda insiste em não amar, na maioria das vezes, deixar o coração no armário e sair de casa, às vezes sem os olhos também, e aí deixamos de enxergar brilhos em olhares, quem nos acaricia e quem nos bate, os que nos levam e os que nos deixam, porque, assim, evitamos de nos apaixonar, porque, desse jeito, fugimos do amor.

Bemrich
Enviado por Bemrich em 15/06/2017
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