A arena

Fiquei a observar por uma fenda, uma aresta, uma brecha, com medo de enfrentar a arena que se apresentava a minha frente. E o sonho veio...Tão serena a vila, a vila tão serena. a margem toda plena, plana à rua toda... toda iluminada, resvalada por milhões de cores que ofuscava a visão de alguém que por ali passava. E na incongruência toda dessas sementes, brotava o teu arco-íris ,que em movimentos intermitentes da tua exótica íris, brilhava, na perplexidade insensata dos teus verbetes, afluindo em espasmos de palavras inundando minh'alma, ainda cética do que tu, antes mesmo me alertara, com indiferente modéstia de sinais insuspeitados, peitos, trejeitos de fêmea, anéis estranhos combinando com os colares; coleiras pra camaleões. E eu apavorado menino de circo, num círculo, eu aos quarenta. Fiquei perplexo, senti um repuxo sinistro, como um murro no plexo solar. Olhei mais uma vez teu arco-íris e tive medo de adentar a arena.

Esse episódio, uma espécie de sonho vivo, aconteceu comigo em Ibiúna-SP

Alex

Alex S Almeida
Enviado por Alex S Almeida em 08/06/2017
Reeditado em 08/06/2017
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