Qualquer semelhança …
Na apresentação de uma das versões do livro "Minha Luta" de Adolf Hitler, o historiador Nélson Jahr Garcia observou que “Quanto ao anti-semitismo, além da postura racista inquestionável e confessa, havia uma estratégia de propaganda. Hitler entendia que qualquer movimento precisava de inimigos para fortalecer-se. Subestimando a capacidade intelectual do povo, afirmava explicitamente, que as massas tinham dificuldades de entendimento e compreensão. Daí a necessidade de reduzir os vários adversários a um inimigo único: os judeus. As críticas da imprensa eram escritas por judeus, que também dominavam a literatura, as artes e o teatro.
França e Inglaterra estavam controladas pelo capitalismo judaico. Os judeus levavam imigrantes negros para contaminar as raças européias. Os marxistas e revolucionários russos eram judeus. A maçonaria era controlada por judeus. Uma generalização absurda que, infelizmente, funcionou.”
No Brasil atual, a disputa ideológica levou a atitudes semelhantes à descrita acima. Para evitar debates mais consistentes, porque fugiam do objetivo da disputa, pois ela é apenas de interesses de grupos e não tinham objetivo de promover nenhum amadurecimento intelectual ou político, criou-se alguns denominadores comuns.
O escritor Olavo de Carvalho cita com muita propriedade, o termo “fascista”, que é usado indistintamente para qualquer adversário como se fosse um martelo, para golpeá-los, ignorando a complexidade envolvida em sua definição.
Além deste, outros termos são usados. PIG, coxinha, retrógrado e burguês também servem ao mesmo propósito.
Como se vê o passado não pode ser visto simplesmente como o que se foi, ele nos deixou muitas lições que não podemos ignorar.