Pitágoras
A classificação correta deste texto é: Devaneios
“Num triângulo retângulo, o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos”
Ou, ainda,
“A área do quadrado construído sobre a hipotenusa é igual à soma das áreas dos dois quadrados construídos sobre os catetos”.
Ficou mais difícil, não é?
Mas, na verdade, o que eu pretendo dizer aqui é: Quem é a Hipotenusa? Quem são os catetos?
Imagino Hipotenusa, uma deusa grega, belíssima como só as deusas gregas o são. Seus gestos são delicados, suaves, sua voz é melodiosa, seus cabelos, castanho avermelhados, parecem chamas à luz do sol.
Hipotenusa passa os dias em seu palácio, no Olimpo, cuidando das mulheres que têm os cabelos tingidos de vermelho em suas mais diversas nuances. É a deusa protetora das ruivas falsas. Esposa do deus Pitagórico. O deus protetor daqueles que entendem necas de pitibiriba de matemática e só passam de ano colando.
Mas, o deus Pitagórico tem ciúme doentio de Hipotenusa.
É aí que entram os catetos. Quem são os catetos? Imagino-os como dois anões eunucos, responsáveis por guardar as preciosidades da deusa Hipotenusa, quando o Deus Pitagórico sai com os outros deuses para dar umas pitadas num narguilé, dando pitacos uns nas conversas dos outros.
E o casal vive harmoniosamente, entre lençóis de algodão grego e cortinas de cambraia, tomando vinho todos os dias.
E a paz permanece, devidamente guardada pela presença dos fiéis catetos.