Encontro entre mãe e filho após cirurgia de alto risco
Entrei no quarto e lá estava ela, repousando. O coração acelerou, as mãos ficaram úmidas e um sorriso rasgado e natural surgiu.
- oi... Como se sente? -digo. Quase chorando de emoção.
- ainda não sinto meu corpo direito. -ela responde.
Me abaixei em seu leito e dei o abraço mais puro e amoroso. Ficamos por alguns minutos nos encarando e sorrindo com os olhos enquanto as enfermeiras nos olhava com expressão de questionamento.
- está sentindo alguma dor? -perguntei, já sabendo que a resposta era quase retórica.
- por enquanto eu não sinto... Ainda estou sob o efeito da anestesia. -responde ela, tocando suas pernas inertes.
Continuamos a nos encarar com olhares sorridentes. Nas entrelinhas, tudo dizia que não só o dela como nosso sofrimento havia acabado.
E ali eu senti que nasci novamente. E com uma outra oportunidade de receber e oferecer carinho à minha progenitora.