AMOR DE AMAR

O amor é uma velha melodia nos meus ouvidos, daquelas que quando tu ouves, ressoa sentidos quase que esquecidos. Trazem os cheiros, lembranças, arrepios e aquele apertar no peito indecifrável de saudade e dor.

O amor é uma canção saudosa dos anos 80, da lembrança de dias ventosos, dos cabelos que não se continham em comportar-se ao proceder com padrões. Deveras que o amor é assanhamento. É casamento. Pressa, calmaria e paz.

O amor é lembrar-se de dias importantes. É lembrar-se de amar. De fazer. De parar. O amor é pensar no outro. De não ceder aos caprichos egoístas. É dar carinho.

O amor é pôr do sol. Dias de sóis e chuva. É o frio pra abraçar. A mão pra segurar. É saber ir e voltar.

O amor é preparar café. Cuidado. Afago. Carícias.

Amar é beijar. Beijar é querer. E querer pra vida é amar.

Aí descobri que te amo mesmo sem querer amar. Porque quando me dei por mim, lá estava ele, o velho amor a ouvir sua predileta canção dos anos 80. E eu, com a velha vontade de querer pra vida, de querer bem, de bem querer. Do teu e meu amor. Amor de amar.