DESEJO PELO PROIBIDO
“O pecado me atrai, o que é proibido me fascina” (Clarice Lispector)
“O ser humano tem a perversa tendência de transformar o que lhe é proibido em tentação” (Confúcio)
“O pecado me atrai, o que é proibido me fascina” (Clarice Lispector)
“O ser humano tem a perversa tendência de transformar o que lhe é proibido em tentação” (Confúcio)
Talvez seja da própria natureza humana: o proibido atrai o desejo e tudo, tudo mesmo, é mais cobiçado quanto mais se lhe é negado. Como explicar este fenômeno? As narrativas míticas já desvelavam tal atribuição natural da espécie: a Bíblia descreveu o pecado original, quando Eva consumiu o fruto proibido e ofereceu-o a Adão, sendo a causa, segundo creem os cristãos, da imperfeição do caráter humano. Poetas e escritores recitam a ânsia por devassar o proibido como uma necessidade ínsita a todos. A ciência moderna ainda procura respostas, baseadas nos estímulos sensoriais e cerebrais. Contudo, ninguém pode negar a marca inata a homens e mulheres, que é fonte tanto de riqueza, como de ruína e, por maior que seja a dor gerada, a existência humana seria deveras entediante sem esse fascínio pelo que é proibido.