Sonho, logo insisto
Quando criança eu adorava ir ao circo! Três personagens me fascinavam: o mágico, o palhaço e o equilibrista. Formavam, na minha mente infantil, uma espécie de santíssima trindade.
Fui crescendo, e crescendo... e cresci. Hoje, adulto, não preciso mais ir ao circo para me encantar com o mágico, me basta ler um poema. Também não preciso ir ao circo para rir do palhaço, basta me olhar no espelho. Finalmente, descobri que somos todos equilibristas, na corda bamba da vida. Somos, ao mesmo tempo, os atores, sob a lona azul do céu, e a plateia que paga para rir-se de si mesma; para tentar descobrir a mágica do enriquecimento e, por último, para derrubar os que dividem conosco a corda bamba.
Quando adolescente eu adorava ouvir músicas de protesto. Hoje protesto veemente contra (no meu gosto) a baixa qualidade das músicas que ganham os meios de comunicação.
Não quero voltar a ser criança, tampouco adolescente, mas tenho uma saudade incomensurável do palhaço, do equilibrista, de Noel Rosa e de Pixinguinha.
Quando a morte me chamar, se eu puder ouvi-la, vou buscar o palhaço, para me ajudar a rir; o mágico, para garantir que ressuscite, e o equilibrista, para guiar minha alma na corda bamba. Se não puder ouvi-la, vou aumentar o som da vitrola, apagar o forno do inferno e todas as estrelas que há no céu.
Afinal, não vale a pena morrer e deixar um sonho vivo.
Quando criança eu adorava ir ao circo! Três personagens me fascinavam: o mágico, o palhaço e o equilibrista. Formavam, na minha mente infantil, uma espécie de santíssima trindade.
Fui crescendo, e crescendo... e cresci. Hoje, adulto, não preciso mais ir ao circo para me encantar com o mágico, me basta ler um poema. Também não preciso ir ao circo para rir do palhaço, basta me olhar no espelho. Finalmente, descobri que somos todos equilibristas, na corda bamba da vida. Somos, ao mesmo tempo, os atores, sob a lona azul do céu, e a plateia que paga para rir-se de si mesma; para tentar descobrir a mágica do enriquecimento e, por último, para derrubar os que dividem conosco a corda bamba.
Quando adolescente eu adorava ouvir músicas de protesto. Hoje protesto veemente contra (no meu gosto) a baixa qualidade das músicas que ganham os meios de comunicação.
Não quero voltar a ser criança, tampouco adolescente, mas tenho uma saudade incomensurável do palhaço, do equilibrista, de Noel Rosa e de Pixinguinha.
Quando a morte me chamar, se eu puder ouvi-la, vou buscar o palhaço, para me ajudar a rir; o mágico, para garantir que ressuscite, e o equilibrista, para guiar minha alma na corda bamba. Se não puder ouvi-la, vou aumentar o som da vitrola, apagar o forno do inferno e todas as estrelas que há no céu.
Afinal, não vale a pena morrer e deixar um sonho vivo.