Um vibrante depoimento sobre a esquerda
UM VIBRANTE DEPOIMENTO SOBRE A ESQUERDA
Transcrevo abaixo, com autorização do autor, um trecho (páginas 124 e 125) do livro "E depois, o trem" (Litteris Editora, Rio de Janeiro, 2015), assinado pelo advogado e escritor José Ribamar Garcia:
“A crítica que faço para a esquerda brasileira vale também para a direita. Ambas são reacionárias, personalistas, patrimonialistas, corruptas e entreguistas. A esquerda leva uma vantagem, porque, por natureza, é sectária e autoritária. No fundo, são farelos do mesmo angu. No geral, o intelectual dito de esquerda é de um provincianismo e de uma incongruência gritantes. De pouca leitura e de muitas citações de clichês, decorados para exibição. Cheio de pose e de empáfia. Julga-se superior a qualquer dos mortais. Contrário a qualquer regime autoritário, desde que não seja comunista, ou simpatizante do comunismo. Se for, tudo bem, e aí derrama loas sobre seu ditador. Quando empregador revela-se péssimo patrão. Sonega os mais elementares direitos do trabalhador, especialmente se este for doméstico. Por razões óbvias, adora uma sinecura. Entrega a própria mãe para conseguir das empresas multinacionais uma bolsa de estudos fora do país. De preferência, nos Estados Unidos, templo central do capitalismo, do qual fala mal, mas não dispensa suas benesses.”
José Ribamar Garcia, “E depois, o trem”, Litteris Editora, Rio de Janeiro, 2015.
UM VIBRANTE DEPOIMENTO SOBRE A ESQUERDA
Transcrevo abaixo, com autorização do autor, um trecho (páginas 124 e 125) do livro "E depois, o trem" (Litteris Editora, Rio de Janeiro, 2015), assinado pelo advogado e escritor José Ribamar Garcia:
“A crítica que faço para a esquerda brasileira vale também para a direita. Ambas são reacionárias, personalistas, patrimonialistas, corruptas e entreguistas. A esquerda leva uma vantagem, porque, por natureza, é sectária e autoritária. No fundo, são farelos do mesmo angu. No geral, o intelectual dito de esquerda é de um provincianismo e de uma incongruência gritantes. De pouca leitura e de muitas citações de clichês, decorados para exibição. Cheio de pose e de empáfia. Julga-se superior a qualquer dos mortais. Contrário a qualquer regime autoritário, desde que não seja comunista, ou simpatizante do comunismo. Se for, tudo bem, e aí derrama loas sobre seu ditador. Quando empregador revela-se péssimo patrão. Sonega os mais elementares direitos do trabalhador, especialmente se este for doméstico. Por razões óbvias, adora uma sinecura. Entrega a própria mãe para conseguir das empresas multinacionais uma bolsa de estudos fora do país. De preferência, nos Estados Unidos, templo central do capitalismo, do qual fala mal, mas não dispensa suas benesses.”
José Ribamar Garcia, “E depois, o trem”, Litteris Editora, Rio de Janeiro, 2015.