RESSIGNIFICAR
Ressignificar tudo o que existe e o que há. Olhar com novos olhos, ver com outro olhar. Mesmo que tudo esteja como sempre foi, não se pode perder a novidade no olhar. O novo não se faz exclusivamente pelo que vem, o que nunca esteve, pois o pseudo novo pode estar ultrapassado, velhaco já. Mas, se os olhos renovam o olhar, mesmo o que é antigo pode novo se tornar. Renovar, repaginar. Levar o frescor a todo lugar. Um exercício contínuo e persistente, um exercício de fé. Na reciclagem do existir, a mágoa torna-se perdão. A inveja, motivação. O desânimo, reflexão. Assim, como fazemos com um móvel quando retiramos o pó, passamos uma tinta e imprimimos um novo frescor. Os sentimentos também podem ser renovados. Olhando para dentro, mergulhando do outro lado. No avesso do existir, naquilo que significa – só para mim! Ouvindo, aprendendo com quem deu um passo a mais. Silenciando e repetindo todo discurso de paz. Tecendo o tricô da alma, crochetando o amor. Artesanalmente fazendo, dia após dia, a cura interior.