Medindo SORRISOS e PRANTOS
Nos sorrisos fartos, de roupagem estridentemente estampada, nos
anversos que espargirmos...
Faz-se também as estampas lúgubres tecidas nos desditosos
sentimentos que tendem nos trair...
Então se a alegria se forja em proporção as estâncias que
NÃO nos traem...
Seria o luto um momento delusório por constarmos apenas nossas
bem querências aos que só nos fazem rir?
Júbilo, quando engatado pela face, semicerra olhos tanto quanto os
prantos taciturnos...
Mas só dedicamos perícia na contabilidade dos soluços que
transcorreram na ferrenha prantina.
Quais gasturas nos inibem soltarmo-nos dos tristes grilhões
cujo pesos são os nossos próprios egos?
Se dos risonhos semblantes aos lastimosos traços da face nos são
expressões lícitas...
Entendo que sorrir apenas para o que nos convém seja o
motivo do mundo nos forçar aos penosos martírios.
Já acusei a felicidade, compaixão, raiva e dor por hora ou outra
estarem lagrimando-me as vistas
Pus-me inquieto quando fiquei sem alguém para acusar
o responsável pelo cessar dos choros
Listei-me com réu culpado nessa inquietude por querer
compor, em mim, um distintivo de nobreza
Mas sempre, no fundo, receava que não fora minha força
que me erguera ante os desalentos...
Talvez as lágrimas e risos sejam prescrevidos em quotas certas
de início e fim que só precisam ser vividas.
Nos intensos sofrimentos, de roupagem estridentemente fúnebre, nos
anversos que espargirmos...
Faz-se também as estampas mais florais tecidas nos aditados
sentimentos que tendem nos aperfeiçoar
Dessa forma, os sofrimentos ajustam-se na proporção
da necessidade do nosso crescimento....
Tornando nossas irresignações delusórias, por desejarmos apenas
que as bem querências possam nos acompanhar.
Nos sorrisos fartos, nos intensos sofrimentos... Lá em nossos reais e
verdadeiros anversos...
Medir Prantos e Sorrisos talvez...Por um simples talvez, seja
somente uma pura perda de TEMPO.