Poesia sobre tudo
A que me posso resumir
Se meus pensamentos não são quem sou?
O que seria capaz de destruir
De dentro do meu peito, todo o amor?
E pela janela eu observo
As luzes da cidade e busco respostas
Olho pela janela e me vejo
No reflexo das reações e da memória.
Quem seria eu, essa pessoa
Com quem convivo e brigo todos os dias
Com quem me alegro, brinco e me divirto
Com quem sofro, choro, fico atoa.
Penso que na vida sempre ei de buscar
Saber quem sou e onde posso chegar
Mas entre os passos que dou
É sempre possível se perder, como agora
Que mal sei onde estou.
Os amigos do peito já não estão aqui
As taças de vinho descansam vazias
É tão difícil o silêncio dos dias
Sem ter mais ninguém além de mim.
Aos meus amigos saibam que estou bem
Guerreando comigo, decifrando este "alguém"
E nas noites em que lembro de vocês
É como se estivessem aqui mais uma vez.
À família sequer tenho palavras
Sinto até vergonha, pois não sou uma pessoa melhor
Vocês me mostraram muitas vezes que o mundo
Não é como eu vejo hoje, pior.
Busco em mim a felicidade
E peço que dentre todas as possibilidades
Não se esqueçam de que tentei,
Pois cá estou escrevendo mais uma vez
Pra acalmar toda essa frieza e ansiedade.
Buscarei sempre sempre a felicidade
Não desistirei em nenhum momento
E se necessário e grande for o sentimento
Lutarei por toda a eternidade.