Devaneios

Hoje senti a imensa vontade de por em palavras todos os meus pensamentos sobre a vida. Sou ainda muito jovem e hoje finalmente posso compreender um pouco do que os mais velhos sempre dizem sobre o tempo... A vida é um sopro. Percebi, no meio da minha juventude, que 10 anos passam num piscar de olhos; são tantos amigos que vieram e que foram, outros que ficaram e tantos que partiram para uma viagem além das estrelas. Entendo finalmente que os problemas são tão insignificantes e que a vida foi feita pra ser vivida ao máximo. Entretanto, tenho muito medo ainda de quem eu possa me tornar. Nós meus devaneios sobre o mundo, cheguei ao assunto que menos costumo analisar: eu. Me sinto congelada por dentro... As vezes reajo com algumas emoções, mas fora os assuntos relacionados à música e poesia, todas as emoções fortes em mim são negativas. Tenho muito stress, me cobro muito, faço pirraça comigo mesma. Ao mesmo tempo que pareço ser tão perversa comigo, sei reconhecer que não saí do chão, me puxo sempre de volta e no fundo, eu sei que manterei a calma. Mas tenho medo. Medo de me descontrolar de vez e me entregar a essa tristeza e vazio que me assola por dentro; me entregar a essa dor de corroer o peito e o sorriso. Digo que enquanto a consciência me for vasta, resistirei. Não sei os motivos desses sentimentos ruins ainda, mas me arriscarei a descobrir e dar um ponto final à eles. Espero um dia me ver capaz de amar de novo verdadeiramente, de sorrir de novo sem ter medo de ser mentira. Tenho medo de nunca conhecer o amor, por isso citei que é como se tivesse congelado por dentro. É como beliscar a perna de um paraplégico... Preciso de ar. Me mudei agora e estou longe dos meus amigos e mais longe da minha família. Porque tenho pensamentos tão negativos sobre tudo? Ao pensar em família, não sei se gostam de mim por perto... Não sei se chego a incomodá-los, mas é óbvio que não. Só que é isso o que sinto. Queria não analisar tanto as coisas da vida... Me perder nas incertezas do mundo e despertar pra verdadeira liberdade e felicidade. Será isso possível ou é apenas uma utopia que me faz caminhar em direção a uma resposta? Enfim... Tentarei manter a cabeça erguida e o peito aberto pra vida. Não quero um dia me arrepender de ter deixado de viver em troca de sentar e imaginar como eu deveria ter vivido. Grande abraço!

Joolies
Enviado por Joolies em 01/05/2017
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