COMPARAÇÕES
As pessoas vivem fazendo comparações: comparam carro, desempenho sexual, beleza, cultura... E comparam relacionamentos.
Mulheres comparam o namorado atual com o ex, ou então com o namorado rico da amiga. Homens comparam o corpo da namorada com o da vizinha de bairro, mesmo ela sendo mais jovem que sua namorada.
Há gente que compara o incomparável e não percebe que, cada vez que faz isso, estimula sentimentos de inferioridade e frustração em si mesmo. Sempre que você cai na tentação de comparar, alguém sai perdendo, e geralmente é você mesmo. Cuidado com o que fala e pensa, pois pode voltar-se contra você.
Ao fazer comparações, você não consegue ver o quanto cada um é único (a) é especial, e coloca pessoas diferentes em um mesmo nível. Por acaso você quer que a pessoa ao seu lado seja uma colcha de retalhos das maiores qualidades dos outros? Isso só gera insatisfação. É como se você bebesse sempre sentindo o gosto da bebida anterior deixada no copo mal lavado.
Quando você faz comparações, perde a chance maravilhosa de viver um grande amor.
Cada um de nós tem uma essência só nossa, e querer mudar isso é uma forma de não aceitar as pessoas como elas são.
Quando deixamos de gostar ou amar a pessoa que temos ao nosso lado para "amar" uma imagem que construímos e buscamos dela, o resultado é desinteressante e desencanto, pois, mais dia, menos dia, essa imagem irá se desfazer, permitindo ver o outro (a) exatamente como ele (ela) é.
A decepção só oferece duas alternativas: Transformar a vida a dois em um inferno, cheio de cobranças, brigas e insultos para tentar fazer o companheiro (a) "mudar na marra" ou desistir da relação e a partir para outra busca que, pelo menos por algum tempo, consiga personificar aquela tal imagem construída.
Enquanto você viver em busca de fantasias, fazendo comparações, jamais gostará ou amará alguém com intensidade. Será que você não está sonhando com um amor ideal e sempre se sente sozinho (a) quando acorda?
Manaus, 24 de abril de 2017.