O livro
Sua silhueta refletida pela luz amarela da vela demonstrava uma expressão lúcida. Por muito tempo estava folheando um velho livro, este que o levava para o mundo real da estória da imaginação, em detrimento com o mundo falso em que vivia com a lucidez. Era, portanto, uma forma alternativa de viver entre as flores, e a outra, era a sensibilidade para qual estava exposto sem nenhuma proteção aos espinhos.
Embora imaginasse coisas terríveis na estória, nada lhe afligia. Por outro lado, por muito menos que lhe acometia no mundo real dos espinhos, já era de fato, muito pior que qualquer outra coisa. Era algo real nos sonhos, e surreal no seu espaço habitacional que estava inserido para morrer. Vivia então, uma mentira que lhe causava dor, e uma verdade que era nula de emoções. Emoções essas que nunca eram sentidas, uma vez que eram sempre lidas.