Quando me vejo
Quando me vejo é em mim, dentro do perfil mais simplório, absurdamente não proporcional, e ainda assim tão perfeito.
Quando me vejo é olhando para as sensações da vida,
desde ao abstrato ao que é palpável.
Quando me vejo eu já nem vejo, só penso e penso, repenso, e continuo como um animal, com instintos tão meus de todos os dias, assim como uma flor beijada pelo vento do norte,
E não acho que seja sorte, é o amanhecer que se faz tarde, é a idade que vai , mas não vem, se desfaz no sopro da lua e nas lágrimas do sol, o sol chora agora, mesmo vendo a luz.
Quando me sonho é tombando naqueles dias, que são inteiramente meus.