Muito estudo, pouco sentimento
Criar polêmica, diversificar, tentar escrever sobre assuntos variados que envolve
os momentos vindouros de nosso cotidiano, sempre me deu não um prazer, mas também
talvez uma fuga das perturbações que estes assuntos insistem em fixar em meu já bastante
maltratado cérebro. Muitas vezes tento escapar destes atos, mas acabo por tropeçar nos
mesmos quase por acaso. Quando penso que já vi de tudo, acabo descobrindo que estou
apenas começando a enxergar a verdadeira realidade de uma sociedade que deveria evoluir,
tendo como exemplo aqueles que conseguem galgar um patamar mais elevado na escala
progressiva de nossa condição de seres racionais e de inteligência, o que vislumbro é nada
mais do que um tremendo escuro e não um caminho a ser seguido.
Tive o desprazer de pegar em minhas mãos uma sentença proferida por um
magistrado, que não me cabe aqui deixar teu nome, até mesmo porque tenho a certeza de
que este mesmo nome deixaria meu pequeno e singelo texto manchado e com um tremendo
mal cheiro de discriminação. Ressalta este magistrado na conclusão de sua decisão, que o
reclamante parte do dito processo, não teria êxito na lide por ser gay e que futebol é coisa
pra macho, esqueci de dizer que o reclamante é jogador de futebol. Ora no meu muito
pequeno saber, até mesmo porque trabalho nesta dita Justiça, um magistrado antes de tudo
é um ser humano assim como nós e assim sendo tem o dever de respeitar quem quer que
seja que vier a precisar de seus préstimos e, mais sendo ele um magistrado ai então é que
não deveria fazer distinção e procurar tratar da melhor forma possível, quem de seus
serviços vier a precisar.
Mas, como não tenho o poder de mudar o mundo, vou tentar mudar pelo menos a
mente daqueles que de mim solicitar favores. Será que este senhor é tão macho quanto
tentou aparentar? Duvido.