A Chuva

Já está tarde, noite a dentro. Então, escuto um barulho de chuva... do nada a chuva cai. Para combinar com minha vida e emoções. É uma chuva intensa, forte, que ninguém esperava. É uma chuva que parou e recomeçou... É uma chuva que varre a terra... É uma chuva que varre minhas tristezas... Eu observo cada pingo cair, cada pingo que representa um sentimento, cai um e cai mais... caem intensos pingos, caem intensas lágrimas. A chuva é necessária para a vida. O agricultor precisa da chuva para que regue a terra e dela tire seu sustento, quando as plantas brotarem. Eu preciso dessa chuva, que no meio dos pingos de lágrimas minhas que escorrem sem parar, ela varra minha dor, e regue a terra seca da minha alma, para que nela brote alegria, e que dessa alegria eu tire o sustento da vida, que é a paz. Agora não para de chover, poças de água se acumulam ao redor, vestígios da chuva que veio, mas que também fica. Da mesma forma, essa chuva lágrimas que escorrem pelo meu rosto, se acumulam em poças de mágoa, e elas são vestígios que a dor veio, mas que também já foi, e que o ficou, ah, o que ficou, o que ficou vai servir para molhar a planta que habita no meu coração. A planta que precisa da chuva que cai lá fora e da chuva que se acumula sob meus olhos, a planta que está usando a água para seguir em frente. Chuva vem e chuva vai. Chuvas passam e ficam. Chuva cheria e fede. Chuva ama e odeia. Demais vai faz mal e de menos também. Mas sem a chuva, ah sem a chuva, nada haveria, inclusive a chuva.

Tamyrys Hadassa
Enviado por Tamyrys Hadassa em 07/04/2017
Código do texto: T5963960
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.