A folha
Não pretendo nenhuma audácia. Na cara deste papel não escrevo o que quero. A caneta me guia para uma outra coisa que não sei o que é. Perco-me no oceano que essa folha se torna. Oceano cheio de nada, inclusive, sem água.
Durante o dia sou só um humano ocupando o espaço existencial para onde fora cuspido. Quando na noite, procuro minha essência nas palavras. Tudo o que fora dito não é nada mais o que deveria ter sido e não o foi...