DOIS LUARES NO CÉU...
"No coração do vagabundo mora duas verdades, a primeira verdade é que a vida passa, a segunda verdade é que todos não ligam pra isso. Mas no meu coração três coisas eu arrisco a acreditar. A primeira verdade é que ninguém se importa, a terceira verdade é que todos não se conhecem por medo da paixão vã pelo ser humano que sempre foge; e a última verdade é essa mentira chamado amor por alguém que se renega na auto-imagem de sozinho no mundo... Pois, tudo converge, para o desejo de aplaúsos e beijos, e com veneno morremos. Porquanto, em não sentir com o vinho o teu céu corpo meu, das desgraças deste ínfimo inferno que traga a civilização, por prazer, em si dar, por curar apenas; aclamamos o messias destas palavras falhas imenso oceano num grande vazio, profano. Um menino com lágrimas na boca, fez jorrar o rio de palavras e mais palavras, em muitos algozes do culto a natureza fria, do desejo de anjo mulher, me refaço um inseto morto e cego filósofo com sono. (...) Estou me sentindo vazio. Muitas palavras no além, quando tudo no meu caminhar deixará de ser um constante remorso? Dentro em mim uma sensação de tolice pelo que faço, e se faço, deixei de ser inocente! Malditas escolhas que me escravizam! Maldito pecado que mora em mim! Deus é tão generoso comigo... Na verdade eu quero ser perfeito? Não! Eu quero ser o que insisto em deixar de ser, para depois deitar sossegado no caixão dos mortais. Esqueléticos mortais, de tanto esperar o retorno de uma oportunidade honesta e não, um propósito, nisso tudo chamado; vergonha de amar. E culpa de odiar. Vejo dois luares num sonho meu bom amor. É a morte da minha língua... "