Minha inquilina o mal do século
E de tanto perambular permaneço estagnada;
As loucuras do dia a dia me consomem;
A dor, a incerteza, a incompreensão;
o medo, o desejo, o abismo, a paixão;
é tudo motivo de choro, de stress, de agonia;
Essa falta de empatia, esse desejo de morrer, de padecer, de apodrecer;
Essa falta de direito, de lugar, de voz, de vez;
E o pior tudo de uma só vez.
Faço parte das estatísticas, ou melhor, do mal do século;
A famosa, poderosa e tenebrosa ansiedade.
Que me consome, me derruba, me faz chorar, me deixa muda;
Não consigo gritar, menos ainda pedir ajuda.
Então aqui eu permaneço, padeço, e desfaleço;
Cada dia um pouco mais, em busca só de algo que me salve, me cure;
Ansiedade, eu não sei por que você decidiu se instalar em mim;
Faz de mim tua morada, me deixa surda, cega e muda;
Me faça de tua morada até o dia em que padecermos juntas...