Minha inquilina o mal do século

E de tanto perambular permaneço estagnada;

As loucuras do dia a dia me consomem;

A dor, a incerteza, a incompreensão;

o medo, o desejo, o abismo, a paixão;

é tudo motivo de choro, de stress, de agonia;

Essa falta de empatia, esse desejo de morrer, de padecer, de apodrecer;

Essa falta de direito, de lugar, de voz, de vez;

E o pior tudo de uma só vez.

Faço parte das estatísticas, ou melhor, do mal do século;

A famosa, poderosa e tenebrosa ansiedade.

Que me consome, me derruba, me faz chorar, me deixa muda;

Não consigo gritar, menos ainda pedir ajuda.

Então aqui eu permaneço, padeço, e desfaleço;

Cada dia um pouco mais, em busca só de algo que me salve, me cure;

Ansiedade, eu não sei por que você decidiu se instalar em mim;

Faz de mim tua morada, me deixa surda, cega e muda;

Me faça de tua morada até o dia em que padecermos juntas...

Kawane Menezes da Rocha
Enviado por Kawane Menezes da Rocha em 04/04/2017
Código do texto: T5961361
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