Paz
Em mim habita a paz, apesar de tudo.
Dos momentos que não soube quem eu era,
que me rasgava o peito o fato de não me reconhecer,
sendo tudo o que tanto rejeitava.
Precisei lidar com a dor da inconstância,
a dor de me sentir tão presa em mim, a ponto de transbordar...
E quando transbordei, simplesmente descobri quem eu sou.
Não sei ao certo em qual momento, qual o dia em que despertei do pesadelo que enxergava viver. Lembro-me apenas de ter sido levada à atravessar barreiras do tempo, da distância, do peito.
Hoje me sinto amada e, apesar de ser, eu sou.
Tenho palavras por dentro, olhares que distribuem anseios, saudades do que está longe, fé no que por olho não vejo.
Vontade de abraçar, vontade de Ti olhar e me encontrar perdida em Ti.
Sem saber por onde começo e não fazer ideia de até onde posso ir.
Laíse Costa Oliveira