ENTRE O OUTONO E O INVERNO

Tudo é outono dá minha janela, o sol se esconde preguiçoso por trás das flores secas, e ouço o canto das gotas dá chuva fina qual trovador cantando a menina. Vôo longe no tempo, vejo a tia Laura me ensinado o verbo viver, vejo o sorriso dela, minha bela e antiga paixão. Um tempo antigo, jovem na memória deste pobre e saudoso sonhador. Da janela eu durmo primeiro, tão ligeiro quanto a brisa que bate a porta dos meus olhos, e fico nos sonhos, a eternidade de um dia, de uma estação, até que o inverno feche as portas e a saudade mude, de passado de hoje para o hoje do futuro.