Eu não caibo no vácuo.
É que eu não caibo mais no vácuo, nesse espaço sem ar,
No pódio de próximo “equivoco”, ou em mais um de inúmeros encontros volúveis, nessas diversas relações desabitadas.
Eu danço, sem hora marcada, no centro da boate, ou em qualquer mesa de bar, sou minha melhor companhia, sinto prazer em fumar o cigarro intragável, ver a fumaça a se dissipar no ar, eu canto ate despir minha alma, acordar os demônios das mentes desocupadas.
Não aspiro paradigmas, frigidos e falsos sentimentalismos, contos de historias insensatas, destituída de qualquer paixão, afeto, vontade e rebeldia.
E o faço para envolver, empolgar, conquistar, despertar, aliciar, provocar, para induzir a sentir, a pensar, a duvidar de tudo, a questionar sua própria certeza, porque não existe coerência em nenhum lugar.