Refém

Quis estar preso a ela mesmo sabendo que iria me machucar, coloquei uma venda nos meus olhos, me acorrentei ao passar por cima do meu orgulho, cego e imóvel, e isto me assombra, mesmo com todos os meus sentidos pedindo pra fugir, aquele extinto de sobrevivência, adrenalina, não vai da certo, Corra! Mas eu fiquei e me entreguei, como areia movediça, quanto mais eu me mexia, mais afundava, estava na cara, pra quem quisesse ver, não íamos da certo, sempre fomos um lamaçal de confusão e brigas, mas até pra afundar tem limite! estou até o pescoço, quase sufocando, mas o limite chegou e agora é só subida, chega de brigas, chega disso tudo, eu quero paz, estou livre, não sou mais seu refém!

Iago Menezes
Enviado por Iago Menezes em 29/03/2017
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