Curso de Direito
Não sei direito o que está acontecendo.
Permita-me fazer este jogo semântico, por favor, mas lembro-me, perfeitamente, quando meus pais me chamavam a atenção, dizendo “faça isso direito menina”, referindo-se a fazer corretamente. E ainda hoje sigo muitos dos seus conselhos, como “Já que precisas mesmo fazer, faça direito”, ou seja, faça bem feito. Então, ‘fazer direito’ pra mim é: (Remeteu-me agora a lembrança daquelas figurinhas ‘Amar é’, um sucesso nos Anos 80, o que não deixa de ter relação com o que procuro expressar neste texto).
Pois bem, “fazer direito” pra mim é: (Artigo 1º, hehehe) Procurar fazer o melhor sempre, seja lá qual for a tarefa ou a situação. Dedicar-se ao que se ama, buscando ser melhor. Buscar ser ético e moral. Falar sempre a verdade, doa a quem doer. Acredite, irá doer menos do que a descoberta do que fora omitido; e as conseqüências também serão menores. Não fazer pré julgamentos. Colocar-se no lugar do outro, literalmente, procurando entender suas ações, suas razões, seus sentimentos. Acreditar que há possibilidades. Contribuir para geração de novas possibilidades. Apontar caminhos. Fazer escolhas. Nunca desistir dos seus sonhos. Acima de tudo, jamais desacreditar no amor, independentemente do que "amar é", e no que ele é capaz de transformar.
Enfim,,,entre muitas outras citações que poderiam ser expressas aqui.
Justamente por isso estou com certa dificuldade para entender o processo a que venho passando. A que venho sofrendo. Imagine. Você procura seguir a moral dos bons costumes que lhe fora transmitida e fazer tudo direitinho e, à primeira instância, tudo que lhe parecia estar indo tão bem, de repente não está mais. Você se dá por conta que suas ações (junto a elas seu esforço, sua dedicação, sua ética, seu cuidado, seus sentimentos,...) se tornam ‘provisórias’ para o outro e correm o risco de serem desconsideradas, anuladas, a qualquer momento, antes mesmo de você finalizar a sua sentença. Logo, lhe aplicam uma sentença nada justa.
Eu não entendo, apesar de tentar entrar com meus recursos, pois tenho meus direitos.
A verdade é que está muito fácil e’liminar. (Nosso atual prefeito de Porto Alegre que o diga, não é mesmo. Graduado em Direito, mas não tem cumprido sua função muito direito não.)
Portanto, desculpa-me se o título sugestivo apresentado não é coerente com o que você, leitor, esperava ler por aqui, mas é que percebo, urgentemente, a necessidade humana de aprender a “fazer direito”. Desde as suas pequenas ações cotidianas até as mais pretensiosas. Talvez olhar mais pra si mesmo e tentar resgatar aqueles valores que a lei não reconhece, mas que farão toda a diferença na sua formação torna-se imprescindível.
Tenho quase certeza que este resgate influenciará de forma bastante positiva para as interpretações, decisões e ações humanas mais assertivas. Para a “jurisprudência da vida”. Caput? Ops! Capite!?