Sob o outro íntimo...
Muitas vezes, é no outro que o problema da não-abertura co-existe...
É tanta coisa, tantas situações, tantas vozes no outro que sou obrigado a ficar calado em prol de um bem-estar que pertence muito mais ao outro do que a mim mesmo...
Por isto, sinceramente, aplausos para uma boa vida fora de casa. Nem que seja por algumas horas...
Lá, sentir-se vivo é diferente de sentir-de feliz. No primeiro, há liberdade com fantasias e vontades. No segundo, há bem menos intensidade; está longe de poder ter seu lugar nas realizações carnais...
Estabilidade e automação. Sejam bem vindos (momentaneamente, acho) os seus antônimos...
Não por mim, mas, pelo outro que, embora sinta as mesmas vontades - quiçá maiores - não possui a mesma coragem de admitir e falar abertamente e com maturidade sobre os assuntos inerentes ao mundo (in)-flexível da imaginação íntima.
Ao que me parece, muitos preferem antes a prisão livre da mente do que a liberdade presa da realidade.
No fim, ainda há quem se admire que, para pessoas livres como eu, estes assuntos secretos (in)-flexíveis sejam bem mais simples...