Ânsia
Suas mãos frias tocam meu pescoço, e as pontas dos dedos gélidos arrepiam o corpo saturado, ela já preparou a cadeira cheia de almofadas para me ver dormir, e quando acordo permanece comigo, acha que é abrigo, quando só é dor, acha que é música ao cantar no pensamento, e dia e noite sua voz persegue minhas entranhas, como em uma noite fria no mar carregada de ânsia, ânsia de vômito, de morte, sei lá.