Diferenças
E de uma lista de regras, eu tive que ser a exceção. De uma relação de comandos padronizados, eu parei para fazer, um a um, do meu jeito desajeitado, mas sempre tão meu. Eu sempre fui restrição de um mundo tão igual, tão regrado, eu sempre fui a mais diferente, aquela que sempre sorria, quando o momento não pedia, ou aquela que esperava quando o desejo já tinha partido. Tão destoante, caminhando no meu rumo, sem planos e sem guia, por vezes me perdendo em minha própria imensidão, aprendi a conviver com esses desvios, traçar meu próprio destino, sem medo do que a vida poderia me oferecer. Sempre viajei sozinha, com uma bagagem pesada demais, desejei ser mais corajosa do que era, e fui, e sou. No final de tudo percebi que minhas diferenças sempre foram as minhas melhores partes, minhas maiores qualidades, foram o que me separava das outras pessoas, por que, bem no fundo, sempre gostei de ir no contrafluxo do mundo, competir comigo mesma, pois sempre que perco, ainda sim eu ganho.