Diferenças

E de uma lista de regras, eu tive que ser a exceção. De uma relação de comandos padronizados, eu parei para fazer, um a um, do meu jeito desajeitado, mas sempre tão meu. Eu sempre fui restrição de um mundo tão igual, tão regrado, eu sempre fui a mais diferente, aquela que sempre sorria, quando o momento não pedia, ou aquela que esperava quando o desejo já tinha partido. Tão destoante, caminhando no meu rumo, sem planos e sem guia, por vezes me perdendo em minha própria imensidão, aprendi a conviver com esses desvios, traçar meu próprio destino, sem medo do que a vida poderia me oferecer. Sempre viajei sozinha, com uma bagagem pesada demais, desejei ser mais corajosa do que era, e fui, e sou. No final de tudo percebi que minhas diferenças sempre foram as minhas melhores partes, minhas maiores qualidades, foram o que me separava das outras pessoas, por que, bem no fundo, sempre gostei de ir no contrafluxo do mundo, competir comigo mesma, pois sempre que perco, ainda sim eu ganho.

Ge Vitorino
Enviado por Ge Vitorino em 18/03/2017
Reeditado em 18/03/2017
Código do texto: T5945086
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