BRASIL

BRASIL

Expressões de efeito do militarismo “Brasil ame ou deixe-o”, resquícios do paradoxal Milagre Brasileiro, o último que sair apague a luz. Tão belo hino, construído com requinte e utilização das belezas naturais, expressa-se o seu gigantismo. Esta última palavra faz nos sentir em um mundo como o de Alice. Aqui nessa terra de lindos campos e que tem mais flores, está pari-passu com a história, uma lenda, um devaneio, como as ações que são tomadas aqui. “Ouviram do Ipiranga às margens plácidas de um povo heroico brado retumbante”, triste verdade se provada, que o Ipiranga é um riacho. Um lobo não, uma alcateia correndo em círculos, palavras semelhantes às do Djavan, aludem superlativamente coisas simples, alardeiam, pois pensam que todos no velho mundo e no novo mundo, são índios, com a sua pura inocência, onde os lobos capturam suas almas em caixas conhecidas por nós como máquinas. Trazemos parte desse sangue de olhos apertados, dizem de descendência Mongol, mas parece trissomia 21, misturado ao sangue de Camões, Infante Don Henrique, Manuel o Venturoso. Tordesilhas seria o nosso legado, Insanum vibrar para Ibéricos espanhóis como Alonsos. O Brasil dividido está, “num lado esse carnaval e de outro a fome total”, “Brasil mostra a tua cara quero ver quem paga pra gente ficar assim”.

Precisaríamos agora de um mágico, como o de OZ, que com seu terno roto sob as axilas e seu chapéu cartola, finge ser poderoso e dono da situação. Somente pelo engodo ainda não foi destruído pelas duas irmãs, que falam a mesma língua, empunham nas bandeiras as mesmas cores, no entanto, diferentes, mas com os mesmos propósitos sombrios. Do you understand ?

Cedemos, fomos para a Guerra, pobre Paraguai, bisavós de Thatcher nos pagaram e nos vestiram para o episódio cáustico de nossa história, retiramos a sua saída para o mar, talvez Solano Lopez tivesse razão, a motivação foi a la plata de Potosí. Fizemos a Tordesilhas do Paraguai, juntamente com o Uruguai e nossos Hermanos, os Argentinos.

Mais tarde, nossos aliados quase foram invadidos. Qual seria o tamanho dessa encrenca ? Como se “Médici” isso afinal ?

Desafia o nosso peito a própria morte, Pistóia é a evidência histórica dessa verdade. Foi uma mancha de sangue pátrio que deixou sua marca indelével. País de dimensões continentais, Brasis camuflados pelo verde que está escasseando, fome poderosa dos poderosos, por que deixamos isso acontecer ? Genética do óleo de Bacalhau ? Acredito que não. Atlântico tão vasto, nas águas frias ao sul poderíamos coletar sangue azul, vermelho e branco, ou ainda mais acima nas latitudes com mais de 90 graus, talvez o azul com o amarelo fosse mais convincente, inteligente e beligerante !

Projeto que se consagrou pela pífia construção genética, navios negreiros, tráfico dos árabes, e sua mórbida distribuição pelo mundo.

Soma-se a isso, representantes do imperialismo na época. Outros saqueadores do continente vermelho juntaram-se, mas a sua contribuição da nova prole que nascia, foi modesta.

Meretrizes, assassinos, pobres coitados, pré-julgados e outros nessas condições foram as nossas matrizes. Índio, que não se trata de elemento químico, tão desconhecido ainda hoje como os representantes de Pindorama na época.

Capturados em caixas ditas mágicas, e em outros momentos ascendentes de pigmeus, nossa sub-raça humana, unindo-se a isso, a matéria prima da indústria e comércio escravagista.

A história será mudada ? A genética não. Mas não somos um produto do meio ? Isso nos remete a uma pergunta: Estaremos mudando esse meio ? Esse será o nosso legado.