Um lugar
Passeando pelos jardins, as folhas secas
do mês de agosto, voam com o vento gelado que
vem e me sopra o rosto. Todos os bancos estão
vazios. Existe uma estradinha cercada de árvores
velhas que leva a outra parte do jardim. Meus pés
vão caminhando em direção ao chafariz que tem
pouca água. Alguns pássaros procuram o que
comer, e lá estou eu. Não me lembro de como fui
parar ali, não posso ao menos ter certeza de
nada, só de que estou sozinha. Preciso achar as
outras pessoas, mas ninguém está aqui. Os que
querem estar, eu não os vejo. Este cenário meio
melancólico fui eu quem criou? Será que quero
outro? Será que sou parte desse cenário? Fora
do jardim, existem várias praças, ruas, festas,
muita variedade onde outras pessoas vão se
encaixando, vão ficando, assumindo. Uns olham
para si e ficam porque fazem parte, outros não
se dão conta, nem de onde estão, e nem de onde
gostariam de estar.
Fevereiro de 1997
Passeando pelos jardins, as folhas secas
do mês de agosto, voam com o vento gelado que
vem e me sopra o rosto. Todos os bancos estão
vazios. Existe uma estradinha cercada de árvores
velhas que leva a outra parte do jardim. Meus pés
vão caminhando em direção ao chafariz que tem
pouca água. Alguns pássaros procuram o que
comer, e lá estou eu. Não me lembro de como fui
parar ali, não posso ao menos ter certeza de
nada, só de que estou sozinha. Preciso achar as
outras pessoas, mas ninguém está aqui. Os que
querem estar, eu não os vejo. Este cenário meio
melancólico fui eu quem criou? Será que quero
outro? Será que sou parte desse cenário? Fora
do jardim, existem várias praças, ruas, festas,
muita variedade onde outras pessoas vão se
encaixando, vão ficando, assumindo. Uns olham
para si e ficam porque fazem parte, outros não
se dão conta, nem de onde estão, e nem de onde
gostariam de estar.
Fevereiro de 1997