JORNADAS...
Quando vejo uma tempestade sobre o mar...
Fecho os olhos e sinto o gosto da infinidade me invadindo...
Sinto o meu tempo indo embora... Sinto a minha efemeridade...
Às vezes precisamos de um tempo com o silencio;...
Às vezes precisamos nos molhar nas nossas tempestades internas...
Mergulhar nas nossas escuridões...
Romper nossos mitos da caverna...
Como as folhas de outono que começam a despedir se
Precisamos hibernar nos nossos invernos de angustias, dor, solidão...
Caminhar sobre espinhos... Sangrar os pés...
Deixar as ondas frias outonais lavar nossas almas solitárias...
Sentir o coração renascer...
Enxergar melhor a Luz...
Respirar e continuar o caminho seja sobre pedras, espinhos ou pétalas.
Seja sob a chuva fria do inverno ou através do vento primaveril...
O que importa é a certeza que o verão sempre vem...
E uma nova poesia florescerá nas antíteses de nossas vidas.
Rossana Monteiro