E, agora?
Todos nós temos momentos de hiatos em nossas vidas onde nada de espetacular acontece. É como um mar sem tempestade, mas também sem ventos favoráveis para avançar. Não está ruim, mas também não está bom. No final, o sentimento é de estranheza. Um silêncio sem grandes desafios.
Poderíamos afirmar que estamos em uma ilha?
Diria que não.
Um porto?
Menos ainda.
Parece na verdade, uma casa no campo.
Longe do tumulto da cidade, porém não isolada o bastante como viver no topo de uma montanha.
É o meio termo do antes e o depois. A sensação que falta algo, mesmo não sabendo exatamente o que.
É não ter norte, não saber o próximo passo da jornada, é olhar para todo lado e desejar mais, mas não entender o que esse mais significa.
Um conflito entre a etapa de ser a lagarta ou a borboleta.
No fim, só nos resta o silêncio de nossa alma e a reflexão de como chegamos aqui e como seguiremos em frente.