Procurando o sentido
Era manhã e ela estava sentada na calçada olhando o céu.
Se perguntando o que a separava de todas as dimensões.
O tempo podia ser real?
Foi de um segundo a outro que a vida cabia até ser retirada como o fim de uma peça. Como numa linha meridional do que pertence e do que não existe há apenas um passo de distância.
A vida não cabe em circunscritos. Desenhamos, empenhamos, acreditamos e ditamos nossas vidas e às vezes reconhecemos almas semelhantes numa troca de olhar. O sofrimento é fruto do desvio de olhares? Estamos verdadeiramente sozinhos quando dizemos coisas que parecem inalcançáveis aos ouvidos que parecem incapazes.
Amor? Propósito?
Sou só mais um corpo que vaga procurando sentido...