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RAÍZES

Busco minhas raízes dentro em mim. Elas se fincam em espirais para o centro, um centro inatingível, pela infinitude de seus crescimentos. Varam fissuras, perfuram brechas, vasculham estranhamentos. Fundem e confundem a ideia do que penso que sou e do que penso não ser.

Ignoram o racional e o emocional, mergulhando num "ponto sem retorno", que não possui nome.

Em tudo elas me revolvem, profundamente.

Porém, não me resolvem, significativamente.

Ser 'e' não ser, "that's the question".

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NOTA: paródia de "To be 'or' not to be, that´s the question" (William Shakespeare, em "Hamlet")

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Grato ao poeta GILBERTO OLIVEIRA, interagindo com surreal poema. Obrigado, amigo transgressor!

Pouco sabemos dos papiros de Bonaparte

Ou de anjos com banjos no paço de Dante

Quem diria! Harpas e hárpias cambaleantes...

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NATIVA, inspiradíssima, também comparece. Obrigado, menina!

Essas raízes tão profundas

que nos sugam para dentro de nós mesmos,

afunilam-se fundo nos causando espanto.

Talvez seja essa a nossas dificuldade

de nos autoavaliar...

Pois nem aceitamos o espelho!

Tão superficial.

O abismo em nós é total breu

Há o medo de mergulhar.

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Grato a JOSÉ LUIZ de CARVALHO, comparecendo com sutil interação:

Mantém-se forte e livre

quem evita olhar-se fundo

Sem prestar atenção em si mesmo, em demasia

Até finge que faz

mas só espia.

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gajocosta
Enviado por gajocosta em 07/03/2017
Reeditado em 02/05/2017
Código do texto: T5933390
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