Sobre o interior
Estive lá antes, ouvi, enxerguei, vi, senti, me permiti, toquei, acreditei, me doei e participei.
Ao final, pude perceber o quão é importante a sensação de realmente estar presente num instante, um momento que de segundos pode durar anos.
Segundos preciosos que são capazes de nos trazer viagens irretornáveis, inimagináveis e incomensuráveis.
Vivi, senti, sofri, me alegrei, me deparei, me julguei, mas não desisti.
Me odiei, me amei, me repudiei e segui em frente.
Vida que segue, vida que comanda um comando que é dado pela sensação que aflora dentro de mim.
Por vezes não sabia o que dizer, em outras não sabia o que fazer, mas sempre estive de prontidão para as sensações que a vida me apresentou.
No meio, sequer sabia se estava vivenciado aquilo que realmente deveria vivenciar, duvidava, me odiava, mas não me deixara de desfrutar das emoções que me eram lançadas por algo exterior, muito embora, continuo acreditando que é interior.
O interior manda, comanda, aborrece, entristece, vivencia, alegra, dita caminhos, segmentos e sentimentos.
Hoje me deparei escrevendo sobre ele, que ainda não pude decifrar, mas que a todo momento é capaz de me fazer lhe expressar.