ENCONTRO

Olá como vai.

Eu...vou indo e você...Tudo bem.

Faz tempo que a gente não se encontra.

Precisamos acertar a nossa conversa.

Pois é, assuntar a vida....

Assuntar a vida?....

É assuntar a vida!....

Que vida.... essa que nós vivemos?

Sim, essa que nós vivemos.

Há...Há... Há... a gente não vive,´

Vegetamos....o nosso tempo se foi.

Enganas-te meu amigo, não é bem assim,

Se não vejamos o que dizem os velhos ditados:

-Os bons vinhos e queijos, ficam melhores depois de velhos.

-Panela velha é que faz comida boa.

-Ouça o mais velho, pois certamente já viveu essa ou aquela situação.

-A máquina é velha mas bem conservada e sempre em uso, funciona.

Como pode ser notado, desenvolve-se uma conversa entre dois velhos amigos, que, como

ficou evidenciado, tem trajetória de vida e conceitos diferentes.

Se observarmos, enquanto um vira as costas para a vida, o outro incita a vive-la dando-lhe qualidade e atributos.

Continua, então o velhinho otimista, olha só se bem guardado e tratado, o ser humano tem a possibilidade e qualidade, para viver bem, até chegar a sua vez. Afinal, ninguém fica para semente.

Na questão da panela, os mais velhos, em função das vivencias através do tempo, podem e devem sempre alertar os mais jovens, encaminha-los se preciso for.

Levando-se, então, em consideração, o aspecto da vivencia, os mais jovens, podem e devem aproveitar-se disso sempre que possível, conversando com seus velhinhos.

Com relação à carcaça, depois de morto, vira pó, nada fica ali, o que fica é a imagem daqueles que plantaram bons exemplos, assim como nós poetas do mundo, levando as nossas ideias adiante.

Fernando Amaro
Enviado por Fernando Amaro em 05/03/2017
Código do texto: T5931745
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